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subnotificação compromete a saúde e o bem-estar dos pets – Portal Cães e Gatos

O manejo da dor em pequenos animais permanece como um dos grandes desafios da prática clínica veterinária. A dificuldade em reconhecer sinais sutis, especialmente em gatos, somada à subnotificação nos registros clínicos, compromete diagnósticos e condutas terapêuticas. Esse panorama foi detalhado no estudo de Laiane Borges de Souza, publicado na Revista Sociedade Científica (vol. 8, […]

O manejo da dor em pequenos animais permanece como um dos grandes desafios da prática clínica veterinária. A dificuldade em reconhecer sinais sutis, especialmente em gatos, somada à subnotificação nos registros clínicos, compromete diagnósticos e condutas terapêuticas.

Esse panorama foi detalhado no estudo de Laiane Borges de Souza, publicado na Revista Sociedade Científica (vol. 8, n. 1, p. 1172-1188, 2025; DOI: 10.61411/rsc202594818), que revisou estratégias de avaliação e tratamento da dor em cães e gatos a partir de evidências publicadas entre 2010 e 2023.

A artigo destaca a importância das escalas validadas, como a Glasgow Composite Measure Pain Scale (CMPS-SF), que integra indicadores comportamentais e fisiológicos, permitindo maior precisão na detecção da dor.

Além disso, tecnologias como o índice biespectral (BIS) despontam como ferramentas complementares no monitoramento de respostas nociceptivas durante procedimentos cirúrgicos, embora ainda pouco difundidas na rotina.

No campo terapêutico, os protocolos multimodais são apontados como os mais eficazes, combinando diferentes classes de fármacos e abordagens não farmacológicas.

gato no veterinário
Nos gatos diagnosticar a dor é um desafio ainda maior (Foto: Reprodução)

A buprenorfina, em especial, tem se mostrado altamente efetiva em gatos, enquanto o robenacoxib se destaca pelo perfil de segurança e aplicabilidade em condições inflamatórias agudas. Outro avanço relevante é o uso da bupivacaína encapsulada em lipossomos, capaz de proporcionar analgesia prolongada e reduzir a necessidade de opióides no pós-operatório.

O estudo também ressalta o potencial de terapias inovadoras, como o uso de canabinóides em casos de osteoartrite e dor neuropática. Apesar de promissores, os entraves regulatórios e a falta de padronização ainda limitam sua aplicação clínica mais ampla.

Em paralelo, estratégias de suporte, como fisioterapia e modificação comportamental, reforçam o conceito de manejo multimodal e integrado.

Outro ponto sensível abordado pela revisão é a relação entre dor e comportamento. Mudanças como agressividade, isolamento e alterações na alimentação podem refletir sofrimento subjacente.

Nesse sentido, a identificação precoce e o controle adequado da dor não apenas impactam positivamente o prognóstico, mas também fortalecem o vínculo entre tutor e paciente.

Confira o artigo completo “Dor: subnotificação compromete a saúde e o bem-estar”, na íntegra e sem custo, acessando a página 58 da edição de outubro (nº 314) da Revista Cães e Gatos.

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