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Setor imobiliário sobe 42% em 2025 na Bolsa e analista da XP projeta mais altas

O setor imobiliário brasileiro atravessa um momento de otimismo em 2025, sobretudo na Bolsa de Valores. Desde o começo do ano, o Índice da B3 que mede as ações das empresas do setor imobiliário subiu mais de 42% e novas altas podem estar por vir, aponta Gilberto Coelho, da XP, com base na análise técnica. […]

O setor imobiliário brasileiro atravessa um momento de otimismo em 2025, sobretudo na Bolsa de Valores. Desde o começo do ano, o Índice da B3 que mede as ações das empresas do setor imobiliário subiu mais de 42% e novas altas podem estar por vir, aponta Gilberto Coelho, da XP, com base na análise técnica.

Esse cenário na Bolsa vem após um ciclo desafiador de alta dos juros, ao longo do ano passado. Agora, a expectativa é pela estabilização da taxa Selic. Em paralelo, a retomada da renda das famílias têm fortalecido a demanda por imóveis — especialmente nos segmentos de entrada e de médio padrão.

Entre os principais fatores que contribuem para esse cenário está a reformulação do programa Minha Casa, Minha Vida, que fortaleceu o segmento de habitação popular e ampliou o acesso ao financiamento habitacional.

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Com base nesses fatores, o mercado de capitais tem respondido positivamente. Entre os destaques do setor estão Cyrela (CYRE3), Direcional (DIRR3), Cury (CURY3) e MRV (MRVE3).

Atuando desde o segmento de alta renda até o programa habitacional de interesse social, essas companhias têm apresentado desempenhos expressivos na Bolsa em 2025. Confira, agora, o que o analista técnico da XP projeta para esses papéis.

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Para o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o momento segue positivo. “O Índice Imobiliário (IMOB) está em um canal de alta no ano incrível, com alta de quase 50%, segue renovando suas máximas quase que diariamente e vai mantendo elevado volume de negociação, sugerindo ainda força altista no setor”, afirma.

Na visão técnica, o comportamento técnico do índice indica que ainda há espaço para novas máximas, especialmente com o aumento gradual do volume financeiro, que reforça a convicção dos investidores na tendência de alta.

Gráfico diário de IMOB. Fonte Nelogica. Elaboração Gilberto Coelho

Cyrela (CYRE3): resistência em R$ 27 pode abrir caminho para os R$ 31,50

Uma das blue chips do setor, a Cyrela acumula valorização próxima de 73% em 2025, refletindo tanto o bom momento do mercado quanto a força de sua marca entre os investidores.

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Segundo Gilberto Coelho, o papel está em ponto técnico relevante: “Se romper a resistência nos R$27,00 pode buscar ainda de R$29,20 a R$31,50 por Fibonacci”. As projeções seguem o movimento de impulso observado nos últimos meses e a continuidade da tendência de alta.

Por outro lado, Coelho aponta que os suportes principais estão em R$23,63 e R$21,00 — regiões que podem segurar possíveis correções. Ele completa que o volume diário de negociação se mantém robusto, na casa dos R$150 milhões por dia, o que reforça o apetite comprador mesmo após as altas expressivas.

Gráfico diário de CYRE3. Fonte Nelogica. Elaboração Gilberto Coelho

Confira mais análises:

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Direcional (DIRR3): valorização de quase 80% e alvo em R$ 47,90

Com foco estratégico no programa Minha Casa, Minha Vida, a companhia tem ampliado sua presença nas principais capitais do país, atendendo a uma demanda crescente por moradias acessíveis, se tornando uma das queridinhas do setor em 2025.

No gráfico, DIRR3 mostra força. “Chegou a quase 80% de valorização no ano e vem renovando máximas com volume em elevação. Quase R$100 milhões por dia de negociação”, afirma Coelho. O analista projeta alvo nos R$47,90 por Fibonacci, mantendo viés claramente comprador.

Segundo ele, os principais pontos de suporte estão em R$39,20 e R$33,00 — patamares que funcionam como zonas de correção em uma possível realização de lucros. O comportamento técnico da ação aponta para continuidade da tendência, sustentada pelo volume crescente e ausência de sinais de reversão.

Gráfico diário de DIRR3. Fonte Nelogica. Elaboração Gilberto Coelho

Cury (CURY3): alta de 93% e espaço para buscar novos topos

Entre as empresas analisadas, a Cury é um dos destaques de 2025, com uma impressionante alta de quase 93%. O desempenho reflete não apenas o bom momento do setor, mas também a solidez da operação da companhia, que mantém foco em projetos voltados ao segmento de médio e baixo padrão

Tecnicamente, a ação está prestes a romper uma zona de alta relevância. “Se romper a resistência nos R$31,30, pode buscar de R$34,70 a R$38,10 por Fibonacci”, destaca Coelho.

Além disso, Coelho destaca que o papel vinha negociando com um volume financeiro diário na casa dos R$132 milhões, refletindo um forte interesse institucional durante a fase mais intensa de alta. Atualmente, esse volume gira em torno de R$63 milhões, o que representa uma desaceleração, mas ainda configura um patamar expressivo para o ativo.

No caso de correção, Coelho destaca os suportes em R$28,00 e R$23,30, regiões que funcionam como zonas de defesa e onde o papel pode encontrar demanda compradora suficiente para retomar o movimento ascendente.

Gráfico diário de CURY3. Fonte Nelogica. Elaboração Gilberto Coelho

Diferentemente das demais, a MRV apresentou um comportamento técnico mais errático em 2025. “Destoou nos gráficos, não tendo uma performance tão linear de alta, oscilando entre altas e baixas”, pontua Coelho, analista da XP.

“A ação chegou a cair um pouco mais de 20% no ano de janeiro a março, para depois dar uma recuperada de 40% da sua mínima”, ressaltou Coelho. No acumulado do ano, sobe cerca de 16% e encontra uma resistência relevante na média móvel de 200 dias.

“Caso se firme acima dos R$6,35, pode buscar expansão de Fibonacci nos R$7,27 ou R$8,80”, projeta Coelho. Os suportes estão em R$5,50 e R$4,85. Segundo Coelho, um ponto positivo é o salto de volume, que passou de R$50 milhões para R$163 milhões por dia — sinal da retomada do interesse pelo papel.

Gráfico diário de MRVE3. Fonte Nelogica. Elaboração Gilberto Coelho

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