Em uma sessão marcada por incertezas globais e atenção redobrada às falas de autoridades, o Ibovespa voltou a cair nesta terça-feira (8), registrando baixa de 0,13%, aos 139.302,85 pontos, na segunda queda consecutiva. A cautela predominou entre os investidores, refletindo o clima de desconfiança em relação às novas tarifas comerciais prometidas por Donald Trump, que insiste no dia 1º de agosto como data final para a implementação das medidas.
Nos EUA, os índices encerraram o dia sem direção clara, enquanto o petróleo avançou e impulsionou as ações da Petrobras. No Brasil, o dia também foi de declarações relevantes: o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou o papel da comunicação para amplificar o alcance da política monetária, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a retórica americana e alertou para os riscos fiscais domésticos. Ainda assim, Vale, Petrobras e frigoríficos seguraram parte das perdas do índice, enquanto bancos e varejo seguiram sem força.
Para os traders do mini-índice, o pregão evidenciou um mercado indeciso, travado entre os efeitos do cenário externo e os impasses internos. As ameaças tarifárias vindas dos EUA voltam a pressionar as expectativas globais, enquanto o mercado brasileiro busca algum fio condutor entre política fiscal, juros e dados setoriais. Com feriado estadual em São Paulo nesta quarta (9), mas sem paralisação da B3, o ambiente tende a ser mais técnico, com operadores atentos aos desdobramentos da guerra comercial e à Ata do Fed.
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Os contratos de mini-índice com vencimento em agosto (WINQ25) encerraram a última sessão com leve baixa de 0,03%, aos 141.250 pontos
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o mini-índice demonstrou fraqueza ao fechar levemente no vermelho, mas sem rompimentos relevantes. A estrutura segue consolidada, com o preço oscilando entre suporte em 141.150/140.745 (1) e resistência em 141.370/141.670 (1).
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Caso o suporte imediato seja rompido, o movimento pode acelerar para 140.590/140.400 (2), com alvo estendido em 139.935/139.565 (3). A perda desses níveis configuraria retomada do fluxo vendedor no curto prazo.
Na ponta compradora, é necessária a superação da faixa de 141.370/141.670 (1) para retomar o fôlego de alta. O rompimento pode levar o preço até 142.045/142.415 (2) e, em caso de continuidade, mirar 142.845/143.225 (3).
No gráfico diário, o WINQ25 voltou a fechar em queda, reforçando a dificuldade em sustentar o movimento altista iniciado na semana anterior. O cenário agora depende da defesa do suporte em 140.530/140.400 – se esse nível for rompido, o ativo pode mirar 139.250 pontos como próximo destino.
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Para retomar o viés comprador, o mini-índice precisará vencer a resistência entre 141.895/143.415, abrindo espaço para testar a faixa de 144.445. O IFR (14) fechou em 51,49, em terreno neutro, sem sinalização de reversão imediata.

Saiba mais:
WINQ25: Gráfico de 60 minutos
A leitura do gráfico de 60 minutos confirma o momento de indefinição: o ativo fechou entre as médias móveis de 9 e 21 períodos, que atuam como suporte e resistência dinâmica no curto prazo. Essa configuração sugere atenção redobrada aos rompimentos.
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Para que o movimento de baixa se intensifique, será necessário perder o suporte em 141.165/140.655 (1). Se isso ocorrer, o ativo pode buscar 140.400/139.750 (2), com alvo mais longo em 138.815/138.000 (3).
Por outro lado, caso a força compradora retorne, será preciso romper a resistência em 141.560/141.895 (1). O rompimento dessa faixa pode levar o preço até 142.415/143.365 (2), com possível extensão até 143.825/144.335 (3).

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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