PUBLICIDADE

Leishmaniose avança pelo interior de São Paulo

A Leishmaniose é uma zoonose, ou seja, doença transmitida para animais e seres humanos, que requer atenção, especialmente por quem vive em casas com quintal, chácaras, sítios ou condomínios próximos de áreas verdes. A enfermidade tem avançado no Estado de São Paulo. Dados recentes mostram que a Leishmaniose Visceral está em plena expansão em SP, […]

A Leishmaniose é uma zoonose, ou seja, doença transmitida para animais e seres humanos, que requer atenção, especialmente por quem vive em casas com quintal, chácaras, sítios ou condomínios próximos de áreas verdes.

A enfermidade tem avançado no Estado de São Paulo. Dados recentes mostram que a Leishmaniose Visceral está em plena expansão em SP, seguindo o traçado de rodovias como a Marechal Rondon, o que facilita a chegada da doença a cidades médias e grandes. Esse avanço geográfico e cíclico reforça a necessidade de medidas preventivas, principalmente em áreas que ainda não registraram casos, mas já apresentam risco.

A campanha Agosto Verde Claro surge justamente como forma de conscientização e prevenção. Logo, basicamente, a Leishmaniose é uma doença não contagiosa, causada por um protozoário chamado Leishmania. Esse parasita invade as células de defesa do corpo humano e animal, comprometendo o sistema imunológico.

A condição afeta, principalmente, os cães e pode ser transmitida aos humanos por meio da picada do mosquito-palha, também conhecido por outros nomes como tatuquira, birigui, palhinha ou asa branca, a depender da região.

Por ser uma zoonose, a enfermidade representa um grande desafio de saúde pública. Ela se espalha com mais facilidade em ambientes úmidos, sombreados e com presença de matéria orgânica em decomposição, como folhas acumuladas, restos de frutas, lixo doméstico e entulhos.

Esses locais se tornam criadouros ideais para o mosquito transmissor, que tem hábitos noturnos e é tão pequeno que pode atravessar mosquiteiros e telas comuns.

Manifestações da Leishmaniose

A Leishmaniose pode se manifestar de duas formas. A primeira é a Leishmaniose Tegumentar – ou Cutânea, que provoca feridas na pele e pode afetar também a boca, o nariz e a garganta — conhecidas como “feridas bravas”.

A segunda é a Leishmaniose Visceral (ou Calazar), que é mais grave e afeta órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea. Essa forma pode levar meses ou até mais de um ano para apresentar sintomas, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Nos cães, os principais sinais são feridas que não cicatrizam, queda de pelo, crescimento anormal das unhas, olhos secos, apatia e emagrecimento. Em seres humanos, os sintomas da forma visceral incluem febre irregular, palidez, anemia, cansaço, perda de peso e aumento do abdômen por conta do crescimento do fígado e do baço.

Uma das formas de prevenir a Leishmaniose é através do uso de repelentes para cães e humanos durante passeios (Foto: Reprodução)

Como ocorre a transmissão?

O parasita da Leishmaniose é transmitido ao hospedeiro vertebrado – animais selvagens, canídeos domésticos e homem – pela picada do inseto voador (mosquito).

Sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos, que se alimentam de sangue e, dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito-palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas.

Os mosquitos são mais comumente encontrados em locais úmidos, especialmente após períodos chuvosos no verão, em áreas escuras e com muitas plantas. Não se desenvolvem na água, mas sim em solo úmido, detritos de matéria orgânica e com pouca luz.

Possuem hábitos noturnos e, durante o dia, escondem-se em buracos, troncos de árvores, casas, estábulos, canis, pocilgas, frestas, lixo e outros locais. Voam em zig-zag.

Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a matas, dentro das matas, etc., é importante também saber que este parasita pode estar presente em alguns animais silvestres e, principalmente, em cães domésticos, que são hospedeiros.

Prevenindo a Leishmaniose

Existem algumas maneiras de prevenir a Leishmaniose. Boas formas são não residir ou permanecer em áreas muito próximas à mata, evitar banhos em rios perto de matas e sempre utilizar repelentes quando estiver em campo, trilhas ou pescarias.

Também não é indicado deixar acumular lixo, montes de folhas, frutas caídas, restos de material de construção ou qualquer tipo de entulho nos quintais ou nas ruas, principalmente após períodos chuvosos.

Citando o cuidado com os animais, a recomendação são banhos periódicos com shampoos próprios e colocação de coleiras repelentes de mosquitos.

Além disso, deve-se seguir as orientações do médico-veterinário e realizar exames periódicos. Diante de qualquer sinal ou sintoma, tanto em humanos quanto em animais, a orientação é clara: procure atendimento médico ou veterinário imediatamente.

Fonte: Francis Flosi (Faculdade Qualittas), adaptado pela equipe Cães e Gatos.

FAQ sobre a Leishmaniose

O que é a campanha agosto verde claro?

A campanha tem como intuito a conscientização, prevenção e combate à Leishmaniose Visceral.

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose é uma zoonose, causada por um protozoário chamado Leishmania. Esse parasita invade as células de defesa do corpo humano e animal, comprometendo o sistema imunológico.

Como prevenir a doença?

Existem diversas formas de prevenir a Leishmaniose, para os pets é indicado uso de coleiras repelentes, acompanhamento veterinário frequente e banhos recorrentes. Já no ambiente deve-se evitar o acúmulo de sujeira e matéria orgânica.

LEIA TAMBÉM:

Prevenção é a melhor opção contra a leishmaniose

Casos frequentes de leishmaniose visceral (LV) reforçam necessidade de prevenção nos cães

Cães e Gatos- Conteúdo Original

Leia mais

PUBLICIDADE