A resistência às vacinas deixou de ser uma pauta restrita aos humanos e começou a atingir também os cães e gatos.
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Clínicas veterinárias nos Estados Unidos relatam um crescimento acelerado de tutores que querem pular imunizações básicas.
Esse movimento, segundo profissionais, já começa a se refletir em outros países, onde campanhas de vacinação têm enfrentado desinformação e boatos nas redes sociais.
Como o cenário mudou após a COVID-19
Pesquisas internacionais indicam que a desconfiança em relação às vacinas de pets cresceu após a pandemia de COVID-19.
Muitos passaram a duvidar sua eficácia ou temer efeitos adversos raríssimos, impulsionados por conteúdos virais que distorcem dados científicos.
Especialistas apontam que atitudes negativas em relação a vacinas humanas acabaram transbordando para o cuidado com cães e gatos.
A percepção de “medicalização excessiva” e a desconfiança em relação a autoridades de saúde criaram um terreno fértil para teorias sem base científica, que circulam em alta velocidade nas redes.
O impacto de pular vacinas
Embora legislações variem de país para país, vacinas como a antirrábica são obrigatórias na maioria das nações, onde campanhas anuais são essenciais para manter a raiva controlada.
Outras imunizações, como as contra parvovirose e cinomose, não são exigidas por lei, mas são consideradas fundamentais para a proteção dos animais.
Veterinários reforçam que os efeitos colaterais graves são extremamente raros e que as reações mais comuns costumam ser leves e passageiras.
A alternativa, conviver com doenças virais agressivas e de alta mortalidade, é muito mais perigosa.
Casos de filhotes não vacinados com parvovirose continuam sendo rotina em clínicas de emergência, inclusive no Brasil, e tratam-se de quadros caros, prolongados e com grande risco de morte.
A força da desinformação
Profissionais relatam que muitos tutores chegam às consultas influenciados por perfis que propagam mitos sobre supostos riscos de vacinas, como doenças autoimunes, alergias graves ou redução da expectativa de vida.
Esses boatos não têm respaldo em estudos científicos, mas acabam gerando medo.
Quanto mais tempo um tutor permanece imerso nesse tipo de conteúdo, mais difícil é reverter a hesitação.
Porém, veterinários afirmam que conversas claras, baseadas em dados e com explicações acessíveis costumam reconquistar a confiança da maioria.
Caminhos para reverter o problema
Clínicas e serviços ligados ao cuidado animal começam a estabelecer políticas internas que exigem, ao menos, a vacina antirrábica para atendimento.
Pesquisadores destacam que mensagens educativas precisam ser diretas e centradas em histórias reais de pets que adoeceram por falta de vacinação.
Esse tipo de narrativa, segundo estudos, ajuda a sensibilizar tutores que já demonstram certa resistência.
Para os especialistas, reforçar a importância das vacinas hoje é fundamental para evitar retrocessos tanto na saúde animal quanto na saúde pública.
Em um cenário de desinformação crescente, a comunicação clara, empática e baseada em evidências é vista como a ferramenta mais eficaz para proteger cães, gatos e suas famílias.
Fonte: Time, adaptado por Cães & Gatos
FAQ sobre vacinação de pets
Por que as pessoas estão deixando de vacinar seus animais?
Graças à desinformações da internet, muitos acreditam que as vacinas sejam perigosas.
A vacinação pode trazer riscos para os animais?
Efeitos colaterais de vacinas são extremamente raros, o risco de não vacinar é muito maior.
Qual a importância da vacinação?
Manter as vacinas dos pets em dia ajuda a prevenir que doenças se espalhem, tanto para outros animais, como para humanos.
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