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Dólar fecha com 1ª queda em 5 dias, a R$ 5,55, com dados dos EUA e IOF sem acordo

O dólar interrompeu uma sequência de quatro sessões consecutivas de ganhos e fechou a terça-feira em baixa ante o real, com alguns agentes aproveitando as cotações mais elevadas para vender moeda e realizar lucros. Leia mais: Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial A queda das cotações no Brasil esteve na […]

O dólar interrompeu uma sequência de quatro sessões consecutivas de ganhos e fechou a terça-feira em baixa ante o real, com alguns agentes aproveitando as cotações mais elevadas para vender moeda e realizar lucros.

Leia mais: Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

A queda das cotações no Brasil esteve na contramão do exterior, onde o dólar sustentou altas ante as demais divisas em meio a novos dados da inflação norte-americana e à guerra tarifária desencadeada pelos EUA.

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,3% em junho, em linha com o esperado pelo mercado. A taxa anual teve elevação de 2,7%. A expectativa de pesquisa Reuters com economistas era de o índice cheio subisse 0,3% na base mensal e 2,6% ano a ano, com aceleração ante o mês anterior.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou com baixa de 0,48%, aos R$5,5595, depois de ter encerrado a segunda-feira no maior valor desde 5 de junho. No ano a divisa acumula baixa de 10,03%.

Às 17h03 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,60%, aos R$5,5795.

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Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,559
  • Venda: R$ 5,559

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,608
  • Venda: R$ 5,788

A sessão desta terça-feira foi de liquidez e volatilidade maiores no mercado de câmbio, na comparação com a véspera, com as cotações refletindo fatores internos e externos.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China, que subiu 5,2% no segundo trimestre do ano, representou uma desaceleração ante os 5,4% do trimestre anterior, mas ainda assim ficou acima dos 5,1% projetados em pesquisa da Reuters.

O fato de a economia chinesa, apesar da guerra tarifária com os EUA, ter desacelerado menos que o esperado deu certo suporte no início do dia às moedas de exportadores de commodities, como o real brasileiro.

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Outro fator de impacto foi a inflação norte-americana. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em junho, depois de ter avançado 0,1% em maio. Nos 12 meses até junho, o índice teve alta de 2,7%, depois de subir 2,4% em maio.

O resultado mensal ficou em linha com o 0,3% esperado pelos economistas ouvidos em pesquisa da Reuters, enquanto o acumulado de 12 meses ficou abaixo dos 2,6% projetados.

A primeira leitura dos números referendou a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve, o que colocou os rendimentos dos Treasuries e o dólar em baixa ante as demais divisas. No Brasil, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) também reagiram em baixa em um primeiro momento, enquanto o dólar marcou a cotação mínima de R$5,5350 (-0,92%) às 10h15.

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Porém, ainda pela manhã os rendimentos dos Treasuries e o dólar ganharam força no exterior, puxando as cotações também no Brasil, com a avaliação de que a abertura dos números do CPI não mostrava um retrato tão favorável para corte de juros pelo Fed. Isso fez o dólar no Brasil atingir a máxima de R$5,6043 (+0,32%) às 13h29.

A guerra tarifária e as incertezas sobre a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil eram outros fatores de sustentação das cotações.

Durante a sessão Trump anunciou acordo com a Indonésia — que não está nem entre os 15 principais parceiros comerciais dos EUA.

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No Brasil, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o governo trabalhará para reverter “o mais rápido possível” a tarifa de 50% cobrada pelos EUA sobre os produtos brasileiros, ponderando que o país poderá pedir mais prazo para negociar se necessário. A aplicação da tarifa pelos EUA está prevista para 1º de agosto.

Já a audiência de conciliação promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre o governo e o Congresso Nacional sobre o IOF terminou sem acordo, com os dois lados apontando que preferem aguardar a decisão judicial, segundo termo assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

A disputa foi parar no Supremo depois que a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ação para defender o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevava alíquotas do IOF, que foi derrubado pelo Congresso Nacional.

Apesar dos impulsos de alta, o dólar perdeu fôlego após superar os R$5,60, retornando ao território negativo.

“Quando o dólar supera os R$5,60, aparecem vendedores”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “São tanto exportadores quanto investidores realizando lucros.”

A queda do dólar ante o real esteve na contramão do exterior. Às 17h25 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,52%, a 98,629.

No início da tarde, o Banco Central vendeu US$400 milhões em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), da oferta total de US$1 bilhão para rolagem do vencimento de 4 de agosto.

Pela manhã, o BC vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional em operação de rolagem.

(Com Reuters)

Infomoney – Conteúdo Original

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