Além do início da primavera, nesta segunda-feira (22) é celebrado o Dia Nacional de Defesa da Fauna Silvestre, data que reforça a responsabilidade de todos na proteção da biodiversidade e na preservação dos ecossistemas.
“O Dia Nacional de Defesa da Fauna Silvestre é uma data especial para conscientizar sobre a proteção da biodiversidade brasileira, promovendo a reflexão sobre o impacto humano na destruição da vida selvagem e a nossa responsabilidade em reverter esse cenário”, destaca o médico-veterinário do setor de Fauna do Instituto Água e Terra (IAT), Pedro Camargo.
A data foi instituída em 1980 e, desde então, se tornou um marco anual de conscientização sobre as ameaças que a fauna enfrenta e do impacto de ações de educação ambiental reverter o quadro e garantir a proteção dos animais.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a fauna brasileira é a mais diversa do mundo. Há mais de 100 mil espécies de animais, entre vertebrados e invertebrados, catalogados no país.
Apesar dessa biodiversidade, 1.173 espécies brasileiras correm risco de desaparecer da natureza, de acordo com o “Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção”, publicado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em 2018.
“É o momento de espalhar a informação correta e engajar as pessoas na defesa da natureza”, diz o profissional.
Para isso, o médico-veterinário listou cinco comportamentos que precisam ser adotados como forma de contribuir para a proteção dos animais silvestres.

Não alimente a fauna silvestre
A oferta de alimentos a animais silvestres pode causar dependência, aproximar os animais das áreas urbanas e aumentar riscos de atropelamentos, transmissão de doenças e desequilíbrios na dieta natural.
Observe sem interagir fisicamente
A observação em habitat natural é a forma mais segura de valorizar a fauna. Fotos e registros à distância evitam estresse e riscos à saúde dos animais e das pessoas.
Não compre animais do tráfico
O comércio ilegal é uma das principais ameaças à biodiversidade. Adquira apenas animais de criadouros autorizados pelo Instituto Água e Terra (IAT), mediante documentação e nota fiscal.
Evite incentivar conteúdos que humanizam animais silvestre
Perfis em redes sociais que mostram animais vestidos ou em situações artificiais contribuem para estimular o tráfico e prejudicam o bem-estar animal.
Além disso, imagens de fauna devem ser captadas de modo responsável, inclusive por profissionais da área, pois, quando feitas de forma inadequada, podem gerar o efeito inverso, fomentando o tráfico e a criação irresponsável de pets não convencionais.
Denuncie
Faça sua parte e denuncie maus tratos ou o comércio ilegal de animais silvestres. A queixa pode ser feita diretamente no site do Instituto Água e Terra ou, se preferir, por meio do Disque denúncia: 181.
As denúncias são anônimas e as informações são mantidas em absoluto sigilo.
Fonte: Governo do Estado do Paraná, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ sobre o Dia Nacional de Defesa da Fauna
Quando foi criada a data?
O Dia Nacional da Defesa da Fauna é celebrado em 22 de setembro e foi instituído em 1980 por meio do Projeto de Lei nº 3.558.
Qual o objetivo do Dia Nacional de Defesa da Fauna?
A data foi criada com o objetivo de reforçar a importância da conservação da vida animal e destacar a responsabilidade de todos na proteção da biodiversidade e na preservação dos ecossistemas.
Quais ações podem ser feitas para preservar a fauna silvestre?
Dentre as atitudes que podem ser tomadas estão não alimentar animais silvestres, não adquirir animais provenientes do tráfico ilegal e denunciar tráfico ou situações de maus-tratos.
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