A política do Palmeiras começa a se agitar nos bastidores com a notícia de um movimento organizado por parte de conselheiros da situação do clube que tentam uma mudança no estatuto do clube para viabilizar um possível terceiro mandato da presidente Leila Pereira, segundo apurou a ESPN.
Atualmente, a dirigente está em seu segundo mandato, que se encerra no final de 2027, e hoje não haveria possibilidade de reeleição. O primeiro período aconteceu de 2022 a 2024.
Os “idealizadores” do projeto, segundo pôde saber a reportagem, são Artur Vicentin e Marcos Borin, esse segundo membro do grupo “Eternos Palestrinos”.
A intenção conta com um importante apoio da chapa “UVB” (União Verde e Branca), que tem como um dos principais apoiadores José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira, além da presença de Wlademir Pescarmona, figura antiga da política do Verdão e candidato à presidência do clube derrotado em 2014 por Paulo Nobre.
Outro importante membro da UVB é Carlos Degon, reeleito neste ano como presidente do Conselho de Orientação e Fiscalização do Palmeiras (COF). Ainda segundo a reportagem, o tema tem sido tratado em reuniões nos últimos dias. Um novo encontro está marcado para acontecer no início da próxima semana.
A ESPN entrou em contato com a presidente Leila Pereira, que se posicionou a respeito do fato, mas negou que tenha feito parte da organização da possível alteração no estatuto.
“Agradeço e me sinto lisonjeada pela confiança. Fruto do bom trabalho. Me sinto muito feliz que as pessoas entenderam um propósito de um bom trabalho administrativo e esportivo, o que resulta neste apoio.”
É possível que Leila consiga um terceiro mandato?
Para que Leila Pereira de fato tenha direito de disputar o pleito em uma terceira oportunidade, o estatuto do Palmeiras teria que ser alterado. A tendência é que, uma vez que as mudanças sejam definidas, haja uma votação no Conselho Deliberativo do Palmeiras para saber se o projeto avançará ou não.
Caso haja uma vitória por parte da situação, a nova norma teria que ser referendada pelos associados do clube para, enfim, passar a valer.
Caso a mudança não aconteça, como deverá ser a próxima eleição no Palmeiras?
Caso Leila não possa disputar o pleito em 2027, existem dois nomes atualmente na situação que despontam como possíveis concorrentes internos.
Um deles é Paulo Buosi, atualmente responsável pelo futebol do Palmeiras, que fez parte das últimas direções do Verdão e que conta com o apoio de Mauricio Galiotte, presidente entre 2017 e 2021.
O segundo é Everaldo Coelho. Responsável pelo marketing do clube durante o primeiro mandato de Leila, o cartola passou a ser parte integrante da direção e, segundo apuração, tem grande relação com a mandatária do Palmeiras e poderia até mesmo contar com seu apoio na eleição.
Por outro lado, a oposição do clube deverá manter a organização da última eleição. Ao contrário da disputa em 2021, quando Leila venceu sem concorrência, no pleito de 2024, Saverio Orlandi, rival da presidente, recebeu 858 votos dos 3183.
Para 2027, a tendência é que a oposição volte a fazer frente, e o pleito tenha um equilíbrio maior, principalmente por não contar, no cenário atual, sem mudança no estatuto, com a presença de Leila Pereira, que tem apoio maciço entre os associados do clube.
