A pesquisa conduzida pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos contou com a colaboração de veterinários nutricionistas e comparou o efeito de diferentes alimentos, frescos e secos, em 22 cães de trenó idosos de raças variadas.
O estudo analisou como uma alimentação baseada em comidas frescas e minimamente processadas pode proporcionar um envelhecimento mais saudável em cães.
Os resultados mostraram que os cães alimentados com as refeições frescas apresentaram mudanças metabólicas rápidas e duradouras após apenas um mês, com níveis mais baixos de produtos finais de glicação avançada (AGEs, na sigla em inglês), classe de moléculas nocivas relacionadas ao envelhecimento e a doenças crônicas.
Esses cães também tiveram redução de sacarose e do biomarcador de controle glicêmico, além de concentrações significativamente menores de AGEs específicos.
“Há anos ouvimos tutores dizerem que seus cães prosperam com dietas frescas como as da The Farmer’s Dog, e este estudo finalmente mostra o que está acontecendo por baixo da superfície: uma transformação metabólica significativa”, afirmou Jonathan Regev, cofundador e ceo da The Farmer’s Dog.
Segundo ele, a diferença entre alimentos para pets altamente processados e comida real minimamente processada pode ser ainda maior do que se imaginava.
“Isso pode redefinir o que é possível para a saúde e longevidade canina”, disse Regev.

Outros resultados incluíram níveis mais altos de ergotionina, um potente composto antioxidante, além de maiores concentrações de carnosina e anserina, metabólitos relacionados a aminoácidos com propriedades antioxidantes.
Essas mudanças sugerem aumento da capacidade de proteção das células contra radicais livres e redução do estresse oxidativo.
Os cães também apresentaram metabolismo elevado de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), com níveis aumentados de leucina, isoleucina e valina, além de seus derivados.
Houve ainda maior presença de glicerol e glicerol-3-fosfato, juntamente com níveis mais altos de ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa, incluindo ácido alfa-linolênico, EPA, DPA e DHA. O BHBA, um corpo cetônico, também aumentou, refletindo melhor utilização de gordura e cetose saudável.
O malonato, marcador de síntese de ácidos graxos, apresentou redução no grupo alimentado com comida fresca, sugerindo um perfil metabólico mais eficiente em comparação ao grupo alimentado com ração seca.
“A magnitude e a consistência dos impactos metabólicos que observamos foram rápidas, duradouras e impressionantes”, destacou o Dr. Joseph Wakshlag, professor de Nutrição Clínica na Universidade de Cornell e co-autor do estudo.
O professor avalia que a alimentação fresca e minimamente processada alterou o metabolismo dos cães para um perfil metabólico mais benéfico no envelhecimento, com marcadores de melhora muscular e neurológica, além de maior defesa antioxidante e menor formação de AGEs.
“Esses resultados representam um marco empolgante para a compreensão da saúde e da nutrição metabólica canina.”
O estudo foi conduzido sob aprovação ética da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Cornell e publicado na revista científica Metabolites.
Fonte: Pet Food Forum Brasil, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ sobre pesquisa de alimentação fresca para cães idosos
Como a alimentação fresca auxilia no envelhecimento saudável?
Ela diminui significativamente compostos químicos associados ao envelhecimento.
Como o estudo foi realizado?
O estudo observou 22 cães de trenó de diferenças raças que se alimentaram com refeições frescas e alimentos secos.
A alimentação interfere no metabolismo do animal?
Sim, o estudo aponta que alimentos frescos auxiliam positivamente no funcionamento metabólico dos cães.
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