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Trio é preso por suspeita de compra ilegal de sangue de gatos no interior de São Paulo – Portal Cães e Gatos

No último final de semana, três pessoas, dentre elas, um estudante de Medicina Veterinária, foram presas pela suspeita de realizar coleta e venda ilegal de sangue de gatos na cidade de Monte Alto (SP). De acordo com as investigações, que ainda estão sendo realizadas, o grupo pagava R$ 50 para quem disponibilizasse os animais para […]

No último final de semana, três pessoas, dentre elas, um estudante de Medicina Veterinária, foram presas pela suspeita de realizar coleta e venda ilegal de sangue de gatos na cidade de Monte Alto (SP).

De acordo com as investigações, que ainda estão sendo realizadas, o grupo pagava R$ 50 para quem disponibilizasse os animais para as coletas e há a suspeita de que o material seria direcionado a uma clínica regularizada.

Apesar da clínica citada pelos suspeitos alegar que a prática não é ilegal, as autoridades envolvidas informaram que o procedimento ocorria em condições insalubres.

Conforme o delegado Marcelo Lourenço dos Santos, há informações de que o sangue seria direcionado a uma clínica específica, regularizada e localizada em outra cidade. O objetivo agora é identificar outros suspeitos de integrar o esquema criminoso.

“A gente está trabalhando com essa linha investigativa para tentar identificar outras pessoas que participavam desse esquema criminoso”, disse.

Uma das gatas resgatadas, inclusive, foi diagnosticada com o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV – Feline Immunodeficiency Virus em inglês), segundo a prefeitura da cidade.

Como ocorreu a descoberta do caso?

O esquema de compra clandestina de sangue de gatos em Monte Alto (SP) veio à tona a partir de um anúncio nas redes sociais, que ofertava R$ 50 a tutores que desejassem submeter os animais ao procedimento.

Segundo a EPTV, afiliada da TV Globo, o texto publicado em um status de WhatsApp dizia: “Oi, meus queridos irmãos e irmãs. Vocês que têm gatos, tem alguém que paga para tirar sangue de gato. Para cada gato, ela está pagando R$ 50. Vocês estão interessados de ganhar dinheiro só me avisar.”

A partir desse anúncio, agentes da Guarda Civil Municipal foram a uma residência na Rua Marciano de Vasconcelos Nogueira, local que, segundo o boletim de ocorrência, apresentava condições insalubres e não contava com um médico-veterinário.

Eles chegaram ao lugar depois de entrar em contato com o autor do anúncio nas redes sociais, este que, segundo o boletim de ocorrência, passou o contato de Sandra Regina de Oliveira, suspeita de intermediar o negócio que indicou o endereço aonde eles deveriam ir para fazer a coleta.

No local da prisão os guardas encontraram cinco pessoas, algumas delas manuseando equipamentos de uso veterinário, além de seis gatos desacordados. Os equipamentos foram apreendidos e os gatos resgatados.

Gatos clínica clandestina interior de São Paulo
Gatos foram encontrados desacordados no local onde ocorria a coleta do sangue dos animais (Foto: Polícia Civil)

O que disseram os envolvidos?

Das cinco pessoas levadas à delegacia, três foram presas. O estudante de veterinária Cleiton Fernando Torres, de 37 anos, a aposentada Sandra Regina de Oliveira, de 50 anos, e a empregada doméstica Angela Aparecida Alves Ribeiro, de 42 anos.

Eles foram levados para a Cadeia Pública de Pradópolis (SP), mas apenas Cleiton foi mantido preso após audiência de custódia no domingo (5). Além deles, também são investigados o operador Everton Leite Silva, de 37 anos, e o autônomo Jose Luiz de Lima, de 63 anos.

Todos respondem por praticar ato de abuso a animais, delito previsto na lei de crimes ambientais (Lei 9605/98).

Jose, Everton e Cleiton disseram que trabalhavam como freelancers para o fornecimento de sangue de gatos a uma clínica veterinária de São José do Rio Preto (SP).

No boletim de ocorrência consta que Cleiton relatou que é estudante de veterinária e estaria coordenando os procedimentos, recebendo diária de R$ 300, enquanto Everton e Jose estariam como auxiliares, recebendo R$ 100 cada.

Em nota, a defesa de Cleiton disse que o cliente é inocente e que, no caso em apuração, “não existe previsão legal que proíba a existência de bancos de sangue para animais nem que criminalize, por si só, a coleta de sangue de cães e gatos quando realizada com finalidade terapêutica”.

Afirmou, ainda, que até o momento não há laudo técnico apontando lesão, morte ou sofrimento específico dos animais.

Já Angela alegou à polícia que é dona da casa onde estavam sendo realizados os procedimentos e dos gatos que estavam desacordados. Ela afirmou que havia permitido a coleta de sangue dos animais, sob pretexto de estar ajudando outros gatos que necessitariam de doação de sangue. A mulher também ressaltou que não receberia nenhuma quantia financeira para isso.

Em nota, a clínica veterinária Hemoser, de São José do Rio Preto (SP), que foi citada no boletim de ocorrência, afirmou que o banco de sangue veterinário não é uma prática ilegal e que não causa quaisquer maus-tratos aos animais doadores.

Fonte: G1, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

FAQ sobre a compra e venda de sangue de gatos 

Como funcionava o possível esquema de compra de sangue de gatos?

O anúncio era feito nas redes sociais e oferecia R$ 50 por cada animal levado para coleta do sangue.

Quem foram os suspeitos presos?

Até o momento três pessoas foram presas e estão em investigação. São elas o estudante de veterinária Cleiton Fernando Torres, de 37 anos, a aposentada Sandra Regina de Oliveira, de 50 anos, e a empregada doméstica Angela Aparecida Alves Ribeiro, de 42 anos.

Qual a finalidade da coleta ilegal de sangue de gatos?

Acredita-se que o material coletado era enviado a uma clínica regularizada, que possui um banco de sangue veterinário.

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