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Veterinária orienta como adaptar a rotina para o bem-estar dos gatos idosos – Portal Cães e Gatos

Segundo a Associação Americana de Medicina Felina, os gatos idosos são aqueles com mais de 10 anos de idade. Alguns sinais do envelhecimento podem ser facilmente percebidos, mas é preciso atenção do tutor para oferecer os cuidados essenciais para essa fase da vida do pet. A médica-veterinária, que atua como Clínica Geral no Hospital Veterinário […]

Segundo a Associação Americana de Medicina Felina, os gatos idosos são aqueles com mais de 10 anos de idade. Alguns sinais do envelhecimento podem ser facilmente percebidos, mas é preciso atenção do tutor para oferecer os cuidados essenciais para essa fase da vida do pet.

A médica-veterinária, que atua como Clínica Geral no Hospital Veterinário Taquaral, Bruna da Silva Pinto, explica que, dentre os cuidados com os gatos idosos, estão: visitas frequentes ao veterinário, adaptações na casa para melhor acesso a caixas de areia, cantos e tocas para se esconderem, fácil acesso à alimentação, alocação e distribuição das vasilhas de água.

Aliás, a alimentação é um ponto de atenção importante para se ter com esses pets.

“Manter o seu gato idoso com um peso saudável é crucial. Os gatos idosos correm o risco de ficar abaixo do peso devido à diminuição dos sentidos do paladar ou do olfato, o que pode causar falta de interesse em comer”, revela a veterinária.

Bruna ainda comenta que, se o gato for saudável, o tutor deve tentar oferecer alimentos com texturas diferentes, com aroma atrativo, alimento úmido aquecido ou resfriado ou alimento fresco que não ficou fora da embalagem por muito tempo.

“A restrição de determinados componentes, como eletrólitos e proteínas, deve ser feita de forma individualizada, sempre com o acompanhamento de um médico-veterinário”, frisa.

Gatos idosos brincam?

A médica-veterinária informa que o envelhecimento pode trazer consigo a redução da disposição física, mas nunca de forma brusca e com interrupção total.

“Alguns dos gatos que diminuem as brincadeiras podem, ainda, gostar de brincar, mas preferem interações diferentes. Então, podemos mudar o tipo de brinquedo, bem como a abordagem utilizada”, sugere.

Segundo ela, o tutor deve se preocupar quando as brincadeiras param de forma repentina e completamente, mesmo com interações que eram agradáveis ao gato anteriormente.

“E quando esse súbito desinteresse é acompanhado de alterações comportamentais, como relutância em se movimentar, alterações nos hábitos de escalada, autolimpeza e, em alguns casos, até perda de apetite e de peso, é preciso visitar o veterinário”, orienta.

gato laranja recebendo carinho
É comum que os gatos idosos diminuam o ritmo de brincadeiras e fiquem mais tranquilos (Foto: Reprodução)

Como manter um ambiente confortável para o gato idoso?

De acordo com Bruna, o tutor pode ajudar o gato idoso fazendo pequenas mudanças que facilitem a sua locomoção e acesso à casa e recursos como: degraus ou rampas para facilitar o acesso aos espaços favoritos, luzes noturnas para a locomoção no escuro, instituindo caixas de areia com entradas mais baixas.

“Também é aconselhável colocar o alimento onde o gato passa mais tempo e em um local calmo, seguro e silencioso para ele. Os gatos idosos podem preferir vasilhas largas e baixas para comida e água que não toquem seus bigodes. Se possível, o tutor deve fornecer tigelas elevadas do chão para aqueles que sentem dor por se abaixar para comer”, aponta.

A hidratação também é muito importante para gatos em todas as suas fases de vida, em especial para os idosos idosos.

“Por isso, sempre considere fornecer vários locais pela casa para beber água, assim como manobras para hidratação que podem ser discutidas com o médico-veterinário”, adiciona.

Saúde dos felinos na terceira idade

Bruna comenta que, dentre as doenças que frequentemente afetam gatos mais velhos, se destacam aquelas de caráter degenerativo e crônicas, como a doença articular degenerativa (DAD), câncer, doença renal crônica, diabetes, doenças dentárias, doenças gastrointestinais, hipertensão, doenças da tireóide e síndrome de disfunção cognitiva.

Segundo ela, os sinais, na maioria dos casos, são sutis e podem incluir mudança na ingestão hídrica; mudanças na urina, no que diz respeito a volume, coloração odor e frequência; náusea, vômito e constipação; diminuição do apetite, perda de peso ou perda muscular.

E, como todos sabemos, Bruna lembra que os gatos são conhecidos por esconder sinais de doenças, quando elas ainda estão no início e isso pode dar a falsa sensação de saúde, mesmo quando estão doentes ou com dor.

“Os gatos com 10 a 15 anos devem realizar check-ups a cada seis meses e os gatos com mais de 15 anos devem ser examinados a cada quatro meses. Felinos com problemas crônicos podem precisar de avaliações clínicas com mais frequência, dependendo de suas enfermidades”, destaca.

O  tutor deve observar alguns sinais que podem indicar dor crônica ou desconforto no pet idoso, que, segundo a veterinária, incluem pelo opaco, diminuição da autolimpeza, mudanças comportamentais (hiperatividade, ansiedade, cansaço ou não utilizar a caixa de areia corretamente, mudanças no padrão de sono e nos locais de descanso).

“Além disso, aumento de volume em alguma região do corpo, massas, feridas que não cicatrizam, dificuldade para respirar, urinar ou defecar, mudança da ingestão hídrica, mudança no volume e aparência de fezes e urina, náusea, vômito, perda de peso ou perda muscular também são sinais de alerta”, acrescenta.

gato dentro da caixa de transporte no veterinário
Gatos idosos devem fazer check-ups a cada seis meses (Foto: Reprodução)

Envelhecimento saudável

Apesar dos problemas que chegam com a senioridade, é possível proporcionar um envelhecimento ativo e feliz aos gatos.

“Assim como os humanos envelhecem com dignidade e respeito, podemos oferecer o mesmo para os nossos amigos felinos. Com adaptações, paciência, cuidado e amor, podemos desfrutar dessa fase da vida deles com qualidade e respeitando as suas limitações”, garante Bruna.

Ela ainda menciona que ter a honra de partilhar a terceira idade com os felinos está sendo cada dia mais comum.

“Da mesma forma que nas demais fases da vida, ela tem desafios e recompensas. Eu, como médica-veterinária, mas, acima de tudo, como tutora, só posso dizer que a gatinha idosa que me viu crescer, entrar na faculdade e permitiu que eu dividisse essa fase da vida dela comigo transformou a minha vida e me deixou uma mensagem de resiliência, amor e cuidado”, declara e ainda deixa uma homenagem à sua companheira: “Te amo para sempre, Yasmim, a minha eterna carinha de amendoim”.

FAQ sobre o envelhecimento dos gatos

Com que frequência um gato idoso deve ir ao veterinário?

Gatos entre 10 e 15 anos devem realizar check-ups a cada 6 meses. Já os com mais de 15 anos, o ideal é a cada 4 meses. Se tiverem doenças crônicas, o acompanhamento pode ser ainda mais frequente, conforme orientação do veterinário.

Quais sinais indicam que meu gato idoso pode estar com dor ou doença?

Mudanças sutis como pelo opaco, menos autolimpeza, alteração no uso da caixa de areia, apetite reduzido, perda de peso, vômitos, dificuldades de locomoção e comportamento mais recluso podem indicar dor crônica ou enfermidades.

Como posso adaptar minha casa para um gato na terceira idade?

Inclua rampas ou degraus para facilitar o acesso a móveis, ofereça tigelas baixas e largas, coloque caixas de areia com entrada facilitada e espalhe fontes ou potes de água pela casa. Manter um ambiente calmo e seguro também faz diferença.

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