Infelizmente os casos de abandono e maus-tratos estão cada vez mais comuns. Porém, diante deste sofrimento surgem também pessoas querendo ajudar através do resgate e da adoção de animais em situação de vulnerabilidade. Contudo, é preciso ter alguns cuidados com o pet acolhido.
Dessa forma, o primeiro passo depois do resgate é garantir a segurança do cão ou gato e, assim que possível, levá-lo a uma clínica veterinária.
Por mais que o animal aparente estar saudável, é fundamental que seja submetido a uma avaliação clínica por um profissional para identificar possíveis doenças silenciosas, infecções, parasitas e traumas físicos.
Mais do que zelar pela saúde do pet acolhido, esse ato pode ajudar a prevenir a disseminação de doenças perigosas para seres humanos e outros cães e gatos.
“Essa primeira avaliação é crucial para estabelecer um plano de cuidados, iniciar o controle de verminoses, pulgas e carrapatos e, em alguns casos, agendar uma castração”, explica a médica-veterinária da rede Pet de TODOS, Nathali Braz Vieira dos Santos.
Ainda segundo ela, a consulta veterinária inicial, geralmente, inclui exames laboratoriais, testes rápidos para doenças infecciosas – como cinomose, parvovirose, Imunodeficiência Viral Felina (FIV) ou Leucemia Felina (FeLV) – e o início de um protocolo de vacinação adequado.

Cuidados mais importantes
Após levar o pet acolhido ao veterinário em casa é importante estabalecer outros cuidados. Um deles está relacionado a alimentação.
Não é incomum que animais resgatados fiquem desnutridos e com o sistema gastrointestinal fragilizado devido a falta de alimentação regular.
“É fundamental oferecer uma ração de boa qualidade, sempre introduzida de forma gradual, respeitando a idade, o porte e o estado clínico do pet. Em muitos casos, o ideal é iniciar com rações terapêuticas, voltadas à recuperação nutricional e digestiva”, orienta Nathali.
A profissional também ressalta que mudanças bruscas na alimentação podem causar vômitos, diarreias ou rejeição, o que agrava ainda mais o quadro de debilidade.
Além disso, durante o processo de adaptação, é importante fornecer um espaço seguro e confortável para o animal. No ambiente em que ele ficará deve-se incluir um abrigo limpo, água fresca, estímulos positivos e rotina de afeto.
“Muitos animais chegam traumatizados, medrosos ou agressivos devido ao abandono. O tutor precisa ter paciência, respeitar o seu tempo e criar uma rotina estável para que ele se sinta acolhido e seguro”, reforça a veterinária.
Outro cuidado recomendado é o de dar um nome ao pet acolhido. Esse simples gesto pode fazer com que o animal passe a se sentir parte da família.
“Dar um nome é mais do que uma formalidade, é o primeiro passo na construção de um laço emocional que ajuda o pet a se sentir parte daquele lar”, conclui Nathali.
Fonte: Pet de TODOS, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ sobre os cuidados com um pet acolhido
Qual o primeiro passo após resgatar um animal?
Depois de garantir que o animal esteja seguro, é essencial levá-lo para uma avaliação veterinária. Assim, o profissional poderá checar como está a saúde do pet acolhido.
Por que é importante dar um nome ao pet acolhido?
Dar um nome ao animal é uma forma de criar um vínculo e fazê-lo se sentir parte da família.
Como deve ser a alimentação do pet acolhido?
Fornecer uma alimentação adequada é fundamental para garantir uma boa nutrição do cão ou gato. Para isso deve-se escolher uma ração compatível com a idade, peso e porte do animal.
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