Ativistas relatam que tropas israelenses abordaram o iate Madleen, que tentava levar suprimentos à Faixa de Gaza. O grupo Freedom Flotilla Coalition (FFC), responsável pela campanha, informou pela rede Telegram que a conexão com a embarcação foi perdida, e divulgou uma foto mostrando pessoas com coletes salva-vidas e mãos erguidas.
Entre os passageiros está a ativista climática Greta Thunberg, e o iate está localizado próximo à costa egípcia.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que a Marinha do país ordenou que o iate mudasse de rota por se aproximar de uma área restrita. Israel mantém um bloqueio marítimo desde 2007, alegando que a medida é necessária para impedir o envio de armas ao grupo Hamas, que controla Gaza.
O FFC, que partiu da Sicília na última sexta-feira (6), afirma que o Madleen transporta ajuda humanitária e estava preparado para uma possível ação israelense.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, advertiu que o iate deveria retornar e que as Forças de Defesa de Israel agiriam para impedir qualquer tentativa de violar o bloqueio. Katz ressaltou que o bloqueio é fundamental para a segurança israelense e para combater o Hamas.
O grupo ativista contesta a legalidade do bloqueio, afirmando que o Madleen é uma embarcação civil, desarmada e navegando em águas internacionais. A missão carrega uma quantidade simbólica de suprimentos, como arroz e fórmula para bebês, e conta com cidadãos de diversos países.
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Em uma publicação no X na manhã de segunda-feira (9) em Israel, o Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou: “Enquanto Greta e outros tentavam encenar uma provocação midiática cujo único propósito era ganhar publicidade — e que incluía menos de um caminhão de ajuda — mais de 1.200 caminhões de ajuda entraram em Gaza vindos de Israel nas últimas duas semanas, e, além disso, a Fundação Humanitária de Gaza distribuiu cerca de 11 milhões de refeições diretamente para civis em Gaza.”
