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EUA reforçam alerta de sarampo após show da Shakira; saiba como é transmitido

O show da cantora colombiana Shakira que aconteceu no dia 15 de maio no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, se tornou um assunto de saúde pública após o Departamento de Saúde local emitir um alerta sobre um possível caso de sarampo. As autoridades publicaram uma nota na última terça-feira (20), pedindo que […]

O show da cantora colombiana Shakira que aconteceu no dia 15 de maio no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, se tornou um assunto de saúde pública após o Departamento de Saúde local emitir um alerta sobre um possível caso de sarampo.

As autoridades publicaram uma nota na última terça-feira (20), pedindo que o público fique atento aos sintomas, descrevendo o vírus como altamente contagioso. Além disso, solicitaram que as pessoas mantenham a vacina tríplice viral SCR (sarampo, caxumba e rubéola) em dia.

O sarampo é uma infecção viral com alto potencial de contágio, transmitida principalmente pelo ar. O vírus se espalha quando uma pessoa infectada libera gotículas respiratórias ao tossir, espirrar ou simplesmente respirar próximo a outras. O risco de transmissão já é elevado mesmo antes do aparecimento das manchas vermelhas na pele, o que contribui para a disseminação silenciosa da doença, especialmente em locais com grande circulação de pessoas.

A janela de maior transmissibilidade começa 48 horas antes do aparecimento das lesões cutâneas e continua até 48 horas depois, o que contribui para sua disseminação silenciosa em locais públicos, como shows e grandes eventos.

Leia mais: Semana de Vacinação nas Américas quer aplicar 66,5 milhões de doses

Sintomas e evolução

Os sintomas iniciais costumam surgir cerca de 10 dias após a infecção. Os principais sinais incluem:

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  • Febre, que aumenta a cada dia;
  • Tosse seca e persistente;
  • Coriza;
  • Conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejantes);
  • Manchas vermelhas na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo.

A recomendação médica é de isolamento imediato ao surgimento dos primeiros sintomas. A permanência em casa, afastado do trabalho ou da escola, é fundamental para evitar a propagação do vírus, principalmente entre pessoas que ainda não foram vacinadas.

Apesar de ser prevenível, o sarampo é uma doença grave que pode causar complicações, como pneumonia e meningite viral. Ambas as condições podem colocar em risco a vida de crianças menores de 1 ano que ainda não receberam todas as doses da vacina, além de pessoas com sistema imunológico comprometido.

Vacina tríplice viral (SCR)

A principal forma de prevenção é a vacina tríplice viral (SCR), que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Ela está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e é aplicada, inclusive, em crianças com alergia à proteína do leite de vaca, para as quais existe uma versão específica.

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A transmissão por pessoas vacinadas pode acontecer, mas é um evento raro. Geralmente, isso só ocorre se o esquema vacinal não estiver completo ou se for muito recente. A proteção oferecida pela vacina não é absoluta, mas reduz drasticamente o risco de infecção e complicações.

Leia também: OMS: surtos de doenças preveníveis ameaçam progresso na vacinação

Situação no Brasil

O Brasil recuperou o certificado de eliminação do sarampo em novembro de 2024, depois de tê-lo perdido em 2019, após um surto. Ainda assim, casos esporádicos voltaram a surgir: entre janeiro e abril de 2025, foram notificados 416 casos suspeitos, com cinco confirmações, segundo o Ministério da Saúde.

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Entre os casos confirmados estão bebês gêmeos (com menos de um ano e, portanto, não vacinados) no Rio de Janeiro, uma mulher adulta no Distrito Federal e dois casos relacionados a viagens internacionais em Porto Alegre e São Paulo. Até o momento, não há registro de mortes.

O Ministério da Saúde disse, em nota à Agência Einstein, que “casos esporádicos como esses não comprometem a certificação do Brasil como país livre da circulação endêmica do sarampo, concedida pela OPAS/OMS em novembro de 2024. Embora o sarampo ainda circule em algumas regiões do mundo, a rápida resposta das autoridades de saúde tem sido essencial para evitar a transmissão local.”

Infomoney – Conteúdo Original

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